"Um homem de sucesso é aquele que ganha mais dinheiro do que o que a sua mulher consegue gastar" in Máxima, Agosto 2004
Depois de uma temporada de visitas (agora que tenho uma mini-casa é que toda a gente me vem visitar... a lei de murphy sempre actual), aqui estou, estamos, alone again, como tudo de bom e de mau que isso implica. Voltei com força ao trabalho, o calor vai-se aos pouquinhos, a vida segue lá fora.
As mochilas começam a aparecer nas montras e aquele nervosinho de criança, das canetas novas, da ida ao continente, de ir de papelaria em papelaria pedir horários... tudo me vem à cabeça com força.
A grande novidade é que vou fazer um master, em direcção de comunicação, relações públicas e protocolo. Um must. Mas caro, claro. Pelo menos faço qualquer coisa dentro da minha área, já que para trabalhar aqui em rp tenho que falar e escrever em catalão... e não me apetece nada aprendê-lo.
Hoje fiquei chocada, impressionada, entusiasmada. Primeiro, descobri que sem curso se ganha mais que com curso (o choque) - uma "fazedora" de camas no hotel nh ganha 1,300 euros limpinhos... Uma servidora de champanhe na Loewe do paseo de gracia ganha 11 euros à hora. Impressionada com o roubo do "grito", a obra prima de Munch. Como é que pode ser? Algum fã do Thomas Crown... Em pleno ano 2004 rouba-se uma obra de arte, aquela obra de arte que me fazia dobrar o pescoço no 12º ano, nas aulas de história. Entusiasmada pelos jogos olímpicos, vêem-se coisas tão lindas, como o ex-trolha Obikwell (é assim que se escreve?) todo cheio de ar português nos pulmões, ar que o fez quase bater os showmen atletas americanos.
Cheguei à conclusão que pareço uma turista. Em pleno regresso do trabalho, sento-me num banquinho à espera do meu amor e um gajo deixa cair uma bola, perdone, excuse me lady, bye, danke you. Muito bem, mas pior foi quando esteve cá a minha madrinha. Normalmente, eu falo em espanhol e eles fingem que não percebem, porque notam o meu sotaque estranho. Mas a semana passada, a minha madrinha veio e arrasou, as gajas da mango, da sfera, o senhor das ventoinhas... falou com todos em espanhol e todos a perceberam muito bem. Fiquei abismada. Não compreendem uma jovem esforçada por não dar erros em espanhol, e eles: "qué¿? no entiendo" e agora chega a minha madrinha, fala em bom português e toma! "si, si claro"...
Vou dormir, mas primeiro vou folhear a la redoute, o big (cada vez mais) catálogo, já sabem que é um dos meus maiores prazeres, folhear catálogos de roupa. Antes era da Barbie, agora é da Redoute.
PS: descobri que escreve para a Xis uma tal de Faiza que vive em Barcelona, engraçado como escreve umas crónicas parecidas com as minhas vivências daqui. Vou-lhe mandar um email a ver se nos encontramos. Bem hajam!!
Depois de uma temporada de visitas (agora que tenho uma mini-casa é que toda a gente me vem visitar... a lei de murphy sempre actual), aqui estou, estamos, alone again, como tudo de bom e de mau que isso implica. Voltei com força ao trabalho, o calor vai-se aos pouquinhos, a vida segue lá fora.
As mochilas começam a aparecer nas montras e aquele nervosinho de criança, das canetas novas, da ida ao continente, de ir de papelaria em papelaria pedir horários... tudo me vem à cabeça com força.
A grande novidade é que vou fazer um master, em direcção de comunicação, relações públicas e protocolo. Um must. Mas caro, claro. Pelo menos faço qualquer coisa dentro da minha área, já que para trabalhar aqui em rp tenho que falar e escrever em catalão... e não me apetece nada aprendê-lo.
Hoje fiquei chocada, impressionada, entusiasmada. Primeiro, descobri que sem curso se ganha mais que com curso (o choque) - uma "fazedora" de camas no hotel nh ganha 1,300 euros limpinhos... Uma servidora de champanhe na Loewe do paseo de gracia ganha 11 euros à hora. Impressionada com o roubo do "grito", a obra prima de Munch. Como é que pode ser? Algum fã do Thomas Crown... Em pleno ano 2004 rouba-se uma obra de arte, aquela obra de arte que me fazia dobrar o pescoço no 12º ano, nas aulas de história. Entusiasmada pelos jogos olímpicos, vêem-se coisas tão lindas, como o ex-trolha Obikwell (é assim que se escreve?) todo cheio de ar português nos pulmões, ar que o fez quase bater os showmen atletas americanos.
Cheguei à conclusão que pareço uma turista. Em pleno regresso do trabalho, sento-me num banquinho à espera do meu amor e um gajo deixa cair uma bola, perdone, excuse me lady, bye, danke you. Muito bem, mas pior foi quando esteve cá a minha madrinha. Normalmente, eu falo em espanhol e eles fingem que não percebem, porque notam o meu sotaque estranho. Mas a semana passada, a minha madrinha veio e arrasou, as gajas da mango, da sfera, o senhor das ventoinhas... falou com todos em espanhol e todos a perceberam muito bem. Fiquei abismada. Não compreendem uma jovem esforçada por não dar erros em espanhol, e eles: "qué¿? no entiendo" e agora chega a minha madrinha, fala em bom português e toma! "si, si claro"...
Vou dormir, mas primeiro vou folhear a la redoute, o big (cada vez mais) catálogo, já sabem que é um dos meus maiores prazeres, folhear catálogos de roupa. Antes era da Barbie, agora é da Redoute.
PS: descobri que escreve para a Xis uma tal de Faiza que vive em Barcelona, engraçado como escreve umas crónicas parecidas com as minhas vivências daqui. Vou-lhe mandar um email a ver se nos encontramos. Bem hajam!!