Sons do bairro
Este bairro em que vivo tem muitos sons, ampliados pelo facto das ruas serem muito estreitas. O papagaio da vizinha, o bébé da vizinha, a esplanada da frente, o homem da harmónica que toca todos os dias ao jantar na esplanada da frente, o camião do lixo que passa às 4/5 da manhã e acorda o bairro todo (descarrega os contentores como se tocasse rock pesado, e ecoa...), o homem que vende gás (um gajo que nos acorda sábado de manhã, e domingo também, às 9 da manhã, e vai por aí com o seu carrito de mão cheio de botijas de gás, a bater com uma peça de metal nuna botija, produzindo um escarcel), a romena que pede a cantar, em romeno ao domingo de manhã, às 8:30, a quem o pessoal dá moedas para se calar...
Almoços Redcoon
Como é Verão, costumamos ir almoçar juntos para um parque junto do trabalho, tem árvores, muitas formigas, mas é mais fresquinho. Cada um com o seu tupperware. Uns com saladas, outros com sandes, outros com massa e carne, cada um com uma história para contar. Parece que estamos todos naquelas reuniões dos alcoólicos anónimos: "a mim aconteceu-me"... Outro dia foi giro, o tema era: "já me tentaram assaltar". A Lora foi assaltada por um Algeriano que lhe telefonou a seguir a pedir desculpa porque não sabia que ela era francesa. Combinaram um encontro mas ele não apareceu, claro. O Raúl empurrou um assaltante nas ramblas, impedindo-o de roubar uma gorda carteira de uma inglesa, e a gaja desatou aos gritos a acusá-lo de ladrão a ele, o seu salvador. Com bastante esforço, e depois do verdadeiro ladrão estar a milhas, lá conseguiu explicar que ele era o bom da história... À Tanja tentaram-lhe rasgar o bolso no metro, enquanto ela dormia. Da outra vez pôs a mão na carteira e encontrou uma mão de um árabe perdida entre o telemóvel e o porta moedas. Eu, bem, foi uma vez, umas ciganas, no metro. Apertaram-me a mim e à Joana Falcão (que levava cadeado na mochila) e abriram-me a carteira de tiracolo. Não levaram nada porque tive o impulso de agarrar na carteira, mas quando reparei no que tinha acontecido as portas do metro já se tinham fechado e as gajas (eram duas) ficaram de fora, claro...
Bem, vou ficar uma semanita sem escrever, vou a Portugali!!! Finalmente, após quase dois meses de jejum. Vou sábado e volto no domingo dia 8. É muito pouco, vai-me saber a tanto, portanto, vai-me saber a pouco.
Até breve!!!
Este bairro em que vivo tem muitos sons, ampliados pelo facto das ruas serem muito estreitas. O papagaio da vizinha, o bébé da vizinha, a esplanada da frente, o homem da harmónica que toca todos os dias ao jantar na esplanada da frente, o camião do lixo que passa às 4/5 da manhã e acorda o bairro todo (descarrega os contentores como se tocasse rock pesado, e ecoa...), o homem que vende gás (um gajo que nos acorda sábado de manhã, e domingo também, às 9 da manhã, e vai por aí com o seu carrito de mão cheio de botijas de gás, a bater com uma peça de metal nuna botija, produzindo um escarcel), a romena que pede a cantar, em romeno ao domingo de manhã, às 8:30, a quem o pessoal dá moedas para se calar...
Almoços Redcoon
Como é Verão, costumamos ir almoçar juntos para um parque junto do trabalho, tem árvores, muitas formigas, mas é mais fresquinho. Cada um com o seu tupperware. Uns com saladas, outros com sandes, outros com massa e carne, cada um com uma história para contar. Parece que estamos todos naquelas reuniões dos alcoólicos anónimos: "a mim aconteceu-me"... Outro dia foi giro, o tema era: "já me tentaram assaltar". A Lora foi assaltada por um Algeriano que lhe telefonou a seguir a pedir desculpa porque não sabia que ela era francesa. Combinaram um encontro mas ele não apareceu, claro. O Raúl empurrou um assaltante nas ramblas, impedindo-o de roubar uma gorda carteira de uma inglesa, e a gaja desatou aos gritos a acusá-lo de ladrão a ele, o seu salvador. Com bastante esforço, e depois do verdadeiro ladrão estar a milhas, lá conseguiu explicar que ele era o bom da história... À Tanja tentaram-lhe rasgar o bolso no metro, enquanto ela dormia. Da outra vez pôs a mão na carteira e encontrou uma mão de um árabe perdida entre o telemóvel e o porta moedas. Eu, bem, foi uma vez, umas ciganas, no metro. Apertaram-me a mim e à Joana Falcão (que levava cadeado na mochila) e abriram-me a carteira de tiracolo. Não levaram nada porque tive o impulso de agarrar na carteira, mas quando reparei no que tinha acontecido as portas do metro já se tinham fechado e as gajas (eram duas) ficaram de fora, claro...
Bem, vou ficar uma semanita sem escrever, vou a Portugali!!! Finalmente, após quase dois meses de jejum. Vou sábado e volto no domingo dia 8. É muito pouco, vai-me saber a tanto, portanto, vai-me saber a pouco.
Até breve!!!