Paseo de Gracia

domingo, abril 30, 2006

Me subo a otro tren... al ferrocarril

Chicos y chicas, me voy de la empresa de la malagueta, me voy de redcoon, de dos años con sus momentos buenos y malos, con sus compañeros buenos, malos y malísimos. No he aguantado tanto cambio: de gerencia, de compañeros, de local, de pensamiento, de filosofia, de jefes, de programa informatico, de gamas... la mayoría de los cambios son buenos, menos los malos... o los que se organizan mal. Me voy porque estoy harta, punto uno. Punto dos, porque he encontrado un trabajo que, en princípio, es mejor. Punto tres, porque quiero volver a Portugal, a mi país, ya, casi ya, sino ya mismo. Y estoy preparando la vuelta.

Empiezo en HP (Hewlett-Packard) el dia 8 de Mayo. Espero que ese sea el princípio de otro tipo de vida. Deseo vivir mejor, más despacio, volver.

Mientras mi sueño queda en remojo, cambio el tren de Calella por el ferrocarril de Sant Cugat. Estoy más lejos, pero cada vez más cerca de volver a ti, mi Portugal.

domingo, abril 23, 2006

Dragoa
Mas sem fogo. Não é preciso, os adversários foram corridos a golos.
Somos campeões de novo. Parabéns Fêcêpê!!!
Fui ver um jogo ao Estádio do Dragão, pela primeira vez, na sexta-feira santa.
Fiquei ainda mais adepta. Espantou-me o número de miúdos, famílias completas.
Já sabia que era assim, mas nunca tinha visto ao vivo. A cornetinha.
Os super dragões e o colectivo. Reparar no mal que eu vejo ao longe.
Sou uma dragoa com muito orgulho.

Città Slow

Quero viver numa destas. O que é?

Um movimento que defende cidades e pessoas com um estilo de vida mais lento, que permita desfrutar das pequenas coisas do quotidiano...

Tratam-se de localidades pequenas, com menos de 50,000 habitantes, onde não têm lugar filas de trânsito, ruídos de alarmes ou buzinas - simplesmente porque está PROIBIDO. É o paraíso.

Não há grandes superfícies comerciais, há sempre lugar para estacionar e potencia-se o viver no centro. As fontes de energia renováveis são prioridade, assim como o é a reciclagem.

A ideia surgiu em Roma, quando decidiram abrir um MacDonalds em plena praça de Espanha. Um crítico gastronómico Italiano decidiu contra-atacar a fast-food com a slow-food. 13 anos depois, 4 municípios Italianos (Bra, Orvieto, Positano e Greve-in-Chianti) decidiram adaptar a ideia da slow-food às cidades. O resultado foi o interesse de mais países: Brasil, Espanha, Suiça, Grã-Bretanha, Grécia, Japão, Alemanha, Suécia e Noruega.

Algumas cidades/vilas lentas de Espanha estão agora na fila para entrar neste movimento: Pals, Begur, Palafrugell, Mungia e Villaviciosa. Em Portugal, quais seriam as candidatas?? Aceitam-se propostas. www.cittaslow.net

Vivam os slow-gyms, slow-work, slow-sex e slow-sleep. Comer devagar, aproveitar o convívio social, lutar contra as olheiras, lutar contra a "doença rápida" e contra o "isto é para ontem". Quase metade dos Espanhóis sofrem o síndrome da felicidade adiada, por culpa das pressas e stress diários.

Toca a reagir!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Notas: Texto baseado nas informações de um artigo publicado na revista "Clara" de Maio 2006. Imagem de Begur, na Catalunha.

Às urtigas

Já devem saber. Ando à busca de emprego em Portugal. Farejando...
Estou optimista como todos os que começam com energia e um sorriso. Vou voltar. E isso dá-me asinhas. Devo ser a única pessoa que conheço, conhecida minha, que está optimista.

Pedi ao meu chefe que me desse uma carta de demisão, para que tivesse direito ao fundo de desemprego enquanto podia, mais ou menos tranquilamente, procurar emprego em Portugal. Ele disse que não. Que os despedimentos "pactados" são ilegais. Sim, também o são os alugueres e quartos e depois? Todas as empresas o fazem. Eu já previa... De qualquer forma há a possibilidade (haverá ou o gajo só disse isso para me prender um pouco mais?) de trabalhar para a empresa onde estou uns 2-3 meses desde Portugal, enquanto não encontro outra coisa. Mas certezas ou respostas afirmativas, compreensão ou confiança, desde o cimo do monte-chefão, nada. Doeu-me um bocado e de certa forma arrependi-me de lhes ter aberto o coração. Não me dão nada em troca. Depois de 2 anos nesta empresa e de toda a gente - menos os chefes - me considerarem uma pessoa dedicada, trabalhadora, inteligente. Aos que mentiram, deram-lhes a mão. Eu, a única sincera: viram-me as costas. Eu já devia saber: não se pode ser boazinha.

Hoje, no horóscopo da web terra.es, estava a minha situação mais que bem descrita, aqui vai ela:

Puede haber un gran conflicto en tu vida sobre el cual no tienes control en este momento, Joana Serro. Parecerá como si hubiese una guerra estallando a tu alrededor y todo lo que tu deseas es que se detenga. Aunque no te des cuenta, tu juegas un papel importante en esta situación y ciertamente tienes el poder de influir en el resultado de esta pelea. Hazte responsable de tus actos y toma cartas en el asunto.

Vamos avaliar o que temos:
1 - Emprego em Espanha, ok, mas que não aguento mais. A sério, cheguei ao meu limite. Não me dão valor, não confiam em mim, são broncos que só pensam em dinheiro e nada mais. Além disso as minhas funções tornaram-se repetitivas, aborrecidas - parece que me querem lixar em qualquer esquina;
2 - Casa dos pais em Portugal;
3 - Marido em Espanha à espera dos resultados do concurso para entrar em Inglaterra - 1 mês para saber alguma coisa;
4 - Desespero nesta mini-casa barulhenta, alergia a tudo o que fala ou respira espanhol;
5 - Nenhumas poupanças, nicles, não consigo, muito menos a viver aqui, é tudo caro;
6- Uma proposta de emprego melhor, mas aqui, em Espanha, mas muito mais longe da minha casa.

Estou um pouco desesperada, mas acho que ninguém leva isso muito a sério. Sou a Joana certinha de sempre segundo todos, mas pela primeira vez apetece-me muito mandar tudo ás urtigas.

(Este texto foi escrito no dia 20. No dia 21 despedi-me. Começo na HP no dia 8 de Maio. Depois de muitos nervos, conversas ao telefone, etc. Prefiro ficar mais 2 meses aqui, a ganhar mais, que voltar a Portugal com uma mão à frente e outra atrás, longe do meu amor e sem certeza de nada... Embora vos diga que, se fôr preciso, depois de um mês, mandar a HP às urtigas, mando e vou a correr para o meu jardim à beira-mar plantado. Wish me luck e levem-me a sério - quero mesmo VOLVER).

quarta-feira, abril 12, 2006

Los pasillos musicales

En Barcelona, de vez en cuando, estoy en medio de una peli. Voy por el metro y hay personajes, ambientes, cruzo los pasillos para hacer el transbordo y hay un chico tocando musica clásica, o rock, como hoy. Con bastante calidad. Siempre me avergonzo por no poder darles la moneda que buscan, y no puedo mirarlos a los ojos.

Otro día en el tren de cercanías, entraron dos mujeres rumanas con respectivos bebés pendientes. Y respectivo oro, en dientes.



Una de ellas empezó a cantar una canción muy familiar. Es una canción de pedir dinero, de dar pena, pero la canta con mucho gusto, y tan afinada, y con una letra tan curiosa, una mezcla entre español y rumano. Esta misma mujer u otra igual, con un bebé y la misma voz, canta todos los domingos a las 10 de la mañana en mi barrio. Va paseandose y las personas le tiran monedas de los balcones... me despierta con pena y buena voz, aunque sea mala en su vida "particular", me despierta con buena voz. Pedir como un ritual.

Muy diferente esta musica del acordeón "tortura" de los otros rumanos. Los que tocan la misma musica 100 veces al dia, una de ellas en el bar delante de mi casa...

Imagen: Festival de Musica en el Metro de Barcelona, Diciembre 2004

domingo, abril 02, 2006

Magicar

Chamou-me a atenção uma entrevista com Isabel Allende, na revista "UNICA" de Abril. Várias frases foram de encontro com o que eu penso mas não exprimo. Porém, a que se desencontrou mais de mim foi: "A imaginação salvou-me de uma vida vulgar."

O que será uma vida vulgar? Nascer, crescer, casar, procriar, trabalhar, cansar e morrer? Isabel, toda a gente tem uns entretantos que nos salvam do vazio. Da vida previsível à qual tu chamas vulgar.

A imaginação, Isabel, toda a gente tem. Mas tu tens o dom e o tempo de a escrever. E a sorte e a felicidade de te lerem e te entenderem.

Considero-me uma pessoa muito imaginativa. Talvez mais "magicativa". E conheço tanta gente com eu! Mas não escrevem. Seremos vulgares?

Magico ser outra coisa, tornar-me numa cantora, cantar e actuar, dançar, ter uma harley, ter 5 filhos, uma casa no Algarve e 9 gatos.

A minha frase é: "A imaginação salva-me da dureza do dia-a-dia, porém, a imaginação é o meu dia-a-dia".

Como a Isabel, eu também vejo a minha vida numa tela gigante de cinema, como um filme épico. A minha vida e as minhas vidas, porque eu vivo muitas, aqui e ali e ainda penso naquelas que posso ter vivido.

Isabel, não és mais imaginativa por escrever. Há pessoas muito mais imaginativas que tu. Só que não escrevem.

Compras online

Animem-se.

Podem até enviar fotos pela internet e receber em casa um livrinho todo jeitoso com as vossas memórias de um tempo bem vivido.

Acreditem. Funciona. Eu tenho pedido tudo online.

La Redoute (roupa), Mercadona (super-mercado), Fotoprix (revelação de fotos digitais), Starwberrynet (produtos de beleza), Rumbo (vôos), Atrapalo (hotéis), Cinentradas (bilhetes de cinema), Allposters (posters), Redcoon (electrónica barata), etc etc etc...

E trabalho a vender produtos electrónicos online. Trabalho disso, preciso que confiem e peçam.
Pode até estar na sanita enquanto compra um perfume 20% mais barato que nas lojas habituais.

Sou fã.