Paseo de Gracia

terça-feira, março 21, 2006


Guarritos

La moda del botellón no tiene gracia.
Te llevas unas botellas para la calle y te pasas la noche haciendo
mal a tu cuerpo + mente y pasarlo bien aunque te pases la noche pasándolo mal porque sabes que no dejas dormir a los vecinos del barrio o sabes que te sienta mal esa bebida pero ya que es la mezcla que el tio ese hizo, lo tomas, hombre, es alcohol, algún efecto tendrá...
Juventud de Españoles fiesteros y guarrillos (si, porque luego las botellitas esas que las cojan los barrenderos, no?), sois parte del vomito de la sociedad llevada por situaciones patéticas disfrazadas de... como no? FIESTA.

A ver, vamos a definir fiesta (Wikipedia):
Por fiesta se entiende un rito social en el cual las personas marcan cierto acontecimiento o alguna ocasión especial, como un cumpleaños, agasajo, boda, aniversario, etc... reuniéndose y desinhibiéndose o adoptando un rol para la ocasión.
Como rito que es, implica seguir un patrón determinado, en el caso de las fiestas suele estar acompañado de
baile, música y comida para la ocasión. Junto con algún ritual más específico según la fiesta de que se trate.
Las personas implicadas en el rito pueden variar considerablemente, desde una familia o grupo social hasta toda una localidad o incluso una nación.
Pueden ser períódicas o anecdóticas.


Vale, un rito.
El botellón es un rito? Qué celebra el botellón? La borrachera? He visto a muchos jóvenes que participaban en el botellón de Sevilla, Salamanca, Vigo... qué querian? Pues emborracharse. Para ellos, emborracharse = pasarlo bien. Como para las chicas de EEUU del autobús el otro dia: "Hey girls, tonight we are going to be REALLY drunk! Yhuuuuuuuu!!" Gritando como unas locas.

No hay botellón cívico, invadir la calle y hacer ruido, teatreras patéticas y ensuciar todo es el princípio de este "rito". Otra cosa es beber en la calle cuando te vas de camping para un lugar sin gente, con algunos amigos o a un concierto. Si no ensucias, si te controlas, si llevas consciencia de ti mismo y de tu alrededor. Pero me parece que estos jóvenes quieren perder la conciencia, desafiar porque el ordenador y el juego mortality ya no es suficientemente violento y es guay desafiar la policia... Siempre caimos en lo mismo?

Qué mierda hicieron estos tontos en el barrio del Raval de Barcelona el viernes pasado... Y de qué les sirvió? No es una buena historia para contar a los nietos.

domingo, março 19, 2006

Ser do Norte

Deixo-vos um texto do Miguel Esteves Cardoso (só ele para expremer as forças de espírito em palavras e torná-las mais fortes...).
É simplesmente genial. Devem conhecer.
A foto é de Ponte de Lima e os comentários, meus, a negrito.

Primeiro, as verdades. O Norte é mais Português que Portugal. As minhotas são as raparigas mais bonitas do País. O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela. As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.
Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana>secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca. Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas.
Mais verdades. No Norte a comida é melhor. O vinho é melhor. O serviço é melhor. Os preços são mais baixos. Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia. (Espero que dure esta verdade...) Estas são as verdades do Norte de Portugal. Mas há uma verdade maior. É que só o Norte existe. O Sul não existe. As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, nos Açores, a Madeira, Lisboa, etc, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta. Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte. No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista? No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro. Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país. Não haja enganos. Não falam do Norte para separá-lo de Portugal. Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal. Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal. Mas o Norte é onde Portugal começa. Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo. Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte. Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa. Mais ou menos peninsular, ou insular. É esta a verdade. Lisboa é bonita estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte. (Os Açores são algo mais que Portugal, as gentes são mais autênticas, simples e bonitas por dentro.) Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente. No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa. O Norte cheira a dinheiro e a alecrim. O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho. Tem esse defeito e essa verdade. Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.


O Norte é feminino. O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso. As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis (os meus são possíveis, mas sim, verdes), daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos. Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente. Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial. (Aos homens? Damos uma importância especial, mas não a maior importância...) Só descomposturas, mimos, e carinhos.
O Norte é a nossa verdade. Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve (viveria no Algarve, preciso dele porque me habituei a ele e ao cheiro a alfarrobeira, mas só para intervalo do Norte - e porque estão lá os Nortenhos de férias), da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores. Depois percebi. Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte". Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente. No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. (Pura verdadeee!!!) Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima. Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita.
O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os-Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.
O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm de dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem atrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?

quinta-feira, março 09, 2006

Não cansa olhar
Esta fôfa é a Maria Teresa, minha sobrinha, filha da minha cunhada. Tem os olhos do tio (meu marido), é moreninha e simpática. Uma doçura que não posso pegar, tocar, abraçar devagarinho por causa de estar longe. Estou cansada de estar longe de tudo. Hoje não é o meu dia, tudo me cansa. Menos olhar para esta menina linda.

Partidas

Barcelona já não seduz. A Paula foi para o Brasil e a Carla para a Bélgica... Acho que, como não há duas amigas... sem três, um dia destes estou de partida. Não tem mais sentido ficar.

A resposta do concurso aos EUA foi negativo. Agora estamos a tentar Inglaterra.

Hoje não escrevo mais. Estou muito cansada....

Até logo...