Histérica? Ou queixosa com razão de queixa?
Sexta à noite, quando o corpo e a cabeça pedem descanso, relax, pode vir um vizinho "pentelho" e estragar tudo. Neste caso foram dois, um casal. 10 da noite. Ela gritava como se lhe estivessem a arrancar o escalpe, ele dizia "Te voy a dar, te voy a pegar!!" de uma forma ameaçadora; vizinhança nas escadas, mil cabecinhas a espreitar e a dizer: "Dios, que la va a matar, llamad la policia!!". Eu e o Miguel incluídos, eu de avental e luvas de lavar a louça, ele de pantufas, acabámos por decidir chamar os "mossos d'esquadra" quando se ouviu um grande estrondo, parecido a um móvel a cair. Cinco minutos depois, já quando o casal se tinha calado, a polícia chega, dois homens de arma em punho (sim, porque estamos no bairro de Barceloneta, convém não esquecer) "Abran la puerta, Policia!!". Depois de um conversa com o casal-discussão, vieram buscar a identificação do Miguel, para registar a denúncia. Disseram-nos que aparentemente não houve maus-tratos, que não passou de uma discussão, e que no meio da discussão tinha-se partido um móvel. Não pareceu nada surpreendido por este último facto, o do móvel, mas eu sim.
No meio da confusão, uma vizinha que tinha alguma dificuldade para falar castelhano (nascida e crescida neste bairro) revelou-nos que os vizinhos de cima estavam separados e o homem, que já tinhamos visto 2 vezes a conversar com a polícia à porta do prédio, tinha uma ordem de "alejamiento" daquelas que proibem o dito de estar a menos de 1 km da mulher, e que ele lhe tinha batido tanto que, uma vez, a fez abortar. E aqui vivemos, no país europeu de maior violência de género.
Sexta à noite, quando o corpo e a cabeça pedem descanso, relax, pode vir um vizinho "pentelho" e estragar tudo. Neste caso foram dois, um casal. 10 da noite. Ela gritava como se lhe estivessem a arrancar o escalpe, ele dizia "Te voy a dar, te voy a pegar!!" de uma forma ameaçadora; vizinhança nas escadas, mil cabecinhas a espreitar e a dizer: "Dios, que la va a matar, llamad la policia!!". Eu e o Miguel incluídos, eu de avental e luvas de lavar a louça, ele de pantufas, acabámos por decidir chamar os "mossos d'esquadra" quando se ouviu um grande estrondo, parecido a um móvel a cair. Cinco minutos depois, já quando o casal se tinha calado, a polícia chega, dois homens de arma em punho (sim, porque estamos no bairro de Barceloneta, convém não esquecer) "Abran la puerta, Policia!!". Depois de um conversa com o casal-discussão, vieram buscar a identificação do Miguel, para registar a denúncia. Disseram-nos que aparentemente não houve maus-tratos, que não passou de uma discussão, e que no meio da discussão tinha-se partido um móvel. Não pareceu nada surpreendido por este último facto, o do móvel, mas eu sim.
No meio da confusão, uma vizinha que tinha alguma dificuldade para falar castelhano (nascida e crescida neste bairro) revelou-nos que os vizinhos de cima estavam separados e o homem, que já tinhamos visto 2 vezes a conversar com a polícia à porta do prédio, tinha uma ordem de "alejamiento" daquelas que proibem o dito de estar a menos de 1 km da mulher, e que ele lhe tinha batido tanto que, uma vez, a fez abortar. E aqui vivemos, no país europeu de maior violência de género.
Feliz Natal para todos, esqueçamo-nos destas tristezas e partilhemos a alegria de ainda nos surpreender este tipo de situações (pelo menos a mim).