"Bota" o voto
Embora esteja inscrita no Consulado Geral de Portugal, em Barcelona, que ainda não descobri para que funciona, não me "deixaram" ir votar. Para tal tinha de estar recenseada aqui há pelo menos 3 meses, embora as eleições sejam teoricamente antecipadas - facto que deveria ter sido decisivo também no alrgamento dos prazos de inscrição, mas ninguém pensou na nova e crescente vaga de emigrantes/estudantes Portugueses espalhados pelo mundo, à espera de uma mudança em Portugal para voltar.
Pelo telefone pergunto à senhora do outro lado da linha: "então para que serve estar inscrita no Consulado?". Ela: "bem... é que no caso de um acidente, nós temos os seus dados e os da sua família e...". Ok, não me diga mais nada. Serve só para o lado negativo. Aspectos positivos fora e nem se pode comprar um jornal português lá dentro, só mesmo ver por segundos o Manuel Luís Goucha.
Nuestros hermanos vão votar hoje também (aliás, alguns, poucos, segundo o que tenho ouvido falar), mas na constituição europeia. Também não posso votar. Porque estou "declarada" aqui em Espanha há dois anos, e tenho de estar pelo menos há três a viver cá (declarada, porque na prática estou há três anos e 3 dias aqui em Barna) para poder exercer o meu direito. Mas mesmo que pudesse ir votar, ia em branco. A ideia de constitução europeia é bonita, mas não sei o que tem de recheio. É este hábito que temos hoje em dia de esperar que tudo nos chegue às mãos sem fazer esforço, porque não há tempo ou paciência. Por causa desta preguicite e decadência da curiosidade para temas mais difíceis, estamos todos na esplanada a ler a Hola e a votar por sms na mulher mais bem vestida. Assumo-me culpada por não ter opinião. Ou não...
Boa sorte para um novo Portugal e para a velha Europa.
Embora esteja inscrita no Consulado Geral de Portugal, em Barcelona, que ainda não descobri para que funciona, não me "deixaram" ir votar. Para tal tinha de estar recenseada aqui há pelo menos 3 meses, embora as eleições sejam teoricamente antecipadas - facto que deveria ter sido decisivo também no alrgamento dos prazos de inscrição, mas ninguém pensou na nova e crescente vaga de emigrantes/estudantes Portugueses espalhados pelo mundo, à espera de uma mudança em Portugal para voltar.
Pelo telefone pergunto à senhora do outro lado da linha: "então para que serve estar inscrita no Consulado?". Ela: "bem... é que no caso de um acidente, nós temos os seus dados e os da sua família e...". Ok, não me diga mais nada. Serve só para o lado negativo. Aspectos positivos fora e nem se pode comprar um jornal português lá dentro, só mesmo ver por segundos o Manuel Luís Goucha.
Nuestros hermanos vão votar hoje também (aliás, alguns, poucos, segundo o que tenho ouvido falar), mas na constituição europeia. Também não posso votar. Porque estou "declarada" aqui em Espanha há dois anos, e tenho de estar pelo menos há três a viver cá (declarada, porque na prática estou há três anos e 3 dias aqui em Barna) para poder exercer o meu direito. Mas mesmo que pudesse ir votar, ia em branco. A ideia de constitução europeia é bonita, mas não sei o que tem de recheio. É este hábito que temos hoje em dia de esperar que tudo nos chegue às mãos sem fazer esforço, porque não há tempo ou paciência. Por causa desta preguicite e decadência da curiosidade para temas mais difíceis, estamos todos na esplanada a ler a Hola e a votar por sms na mulher mais bem vestida. Assumo-me culpada por não ter opinião. Ou não...
Boa sorte para um novo Portugal e para a velha Europa.