Paseo de Gracia

quinta-feira, abril 15, 2004

“La semana santa”

É o que os espanhóis chamam à... semana santa? Também se chama assim em português, não? ‘Tou a ficar lé-lé.
Pois, e lá fui eu a Bilbao e a San Sebastian. Esta foi, para cúmulo do excelente sentido de orientação do Miguel, a viagem onde mais nos enganamos por caminhos nunca antes pisados. O pior é que pisávamos os caminhos uma e outra vez até dar com o correcto! Conclusões da viagem: o país Vasco tem muitas ovelhinhas merinas equilibristas nos montes e os hóteis ibis nem sempre são fáceis de encontrar... Esta foi a conclusão geral. A conclusão mais pessoal foi que o museu Gugghenheim provoca tonturas. É completamente torto.

Chuva e mais chuva, réstias de neve e frio de gelar narizes e restantes pontas corporais, mas muito romantismo... Bilbao é escuro, húmido (um rio passa no seu meio), mas tem uns bares (las cerveserias) típicos, com as típicas “tapas” vascas preciosos, a abarrotar de gente de todas as idades e níveis. O centro histórico é bonito, excelente para “ir de compras”, com a sua praça real bem espanhola, mas com os seus cartazes “independentzia” colados. Os velhotes, é mesmo verdade, andam com aquelas boinas pretas chamadas “txapela”.
Como só estivemos um dia e meio, centramo-nos no museu. Três horas centrados no museu. Só portugueses e franceses por todo o lado. Um aviso: se forem lá, não levem os audio-guias. Distraem muito, eu e o Miguel desistimos a meio e eu fiquei com um musculo do braço dorido. É melhor ver e interpretar tudo com os vossos próprios olhos e ouvidos. Ou ler por alto panfletos turisticos.

San Sebastian é lindo, muito lindo. Uma baía em forma de concha, construções românticas, uma parte antiga cómica, apetece estar lá às voltas, passear na marginal com o sol a bater na cara, ideal se tiverem a quem dar a mão... Ouvi muito poucas pessoas a falar euskera, mas as que ouvi eram crianças ou adolescentes. O euskera está para durar! Não se apanha nada. Parece japonês, não é gozo, parece mesmo. Acabam as palavras com a sílaba “oa”: museoa, bankoa, etc.

Tudo bem por aí?