Paseo de Gracia

quinta-feira, agosto 18, 2005

O Porto invadido

Depois de uns dias de lagarta ao sol, eis que me vejo no Porto. Uma viagem de camioneta para esquecer, ar condicionado sem funcionar, venda de mais lugares do que a capacidade máxima, etc. Agora sim manterei a promessa: ninguém me apanha mais na rede expresso ou similares.
10 horas de tortura.
Al grano.. mal pus o pé de fora, um cheiro intenso a queimado, a incêndio. Quando era pequena recordo que este odor me horrorizava, tinha "sonhos maus" com árvores a contorcerem-se. Hoje, o pesadelo é real. Mais tarde, fomos ao café. No caminho, só (SÓ) carros espanhóis. Já no café, caras desconhecidas, cuspidelas para o chão, sotaque francês... ui, os emigrantes. E os filhos que não falam Português. Pior ainda, os netos. Aquele neto atirava um carrinho daqueles grandinhos, de comando, pelos ares. Por pouco não nos acertava. Agora entendo porque foge tudo das grandes cidades. Estão invadidas de sarracenos e cuspidores avec du charme. HELP!!! Perguntei ao meu pai se era normal que tivesse a impressão que toda a gente à minha volta era parola e mal educada. Ele respondeu-me que é normal em Agosto haver uma multiplicação da espécie popularucha bruta. Menos mal, só durante um mês.
Cuidado!! O que é popular é bom! Festas, roscas, Quim Barreiros, ok, nada da mais. Agora o Compal pela Janela, o cigarro apagado em cima da mesa do café e a cuspidela desde cima do carrossel não se aguenta.

Please alguém lhes diga que isto é Portugal, não o país onde eles vêm desprender o lixo mental e as atitudes brutas contidas todo ao ano... Para isso vão à sanita por favor e pratiquem Karaté. Nota: eu sou emigrante. Com muito orgulho. Mas sou patriota por algo mais que o futebol. Voto por aulas de civismo, não há um PC - Partido Cívico????