Paseo de Gracia

terça-feira, julho 12, 2005

Lua de Mel - primeira parte - CARIBE MEX 2005

Para quem não sabe ou não se lembra, fui ao México + Astúrias de Lua de Mel. Dia-a-dia aqui estão alguns episódios, daqueles que se pode contar. Há mais e engraçados, mas isso já faz parte do nosso mel de casados de fresco, é só para nós...

Dia 1: A bafurada
Depois de 2 horas e meia de atraso e tendo como companhia centenas de casaizinhos novos, a estrearem a aliança reluzente, lá entramos no boeing 747 gigante e apertado, classe turística... 400 pessoas num avião gordo. O vôo foi agradável, 10 horas pelo atlântico sem sobressaltos. A aterragem suave, no meio da selva mexicana, num aeroporto a abarrotar de turistas com passaportes na mão, abafados e com vontade de ir à casa-de-banho. Uma bafurada de calor húmido invadia a nossa cabeça e só deixava espaço para obedecer às ordens do guarda mexicano gordinho que ia dizendo: ?En fila y con el pasaporte abierto en la página de la foto, por favor.? Uma hora e meia depois, autocarro do hotel e a caminho do mesmo, o Real Club El Mandarín, o 5 estrelas mais 4 da Riviera Maia.

Dia 2: Hoteling
O segundo dia foi dedicado a explorar o hotel. Chegámos rapidamente à conclusão que os melhores sítios do hotel eram, por ordem de preferência a) A cama de 3 metros por 3 metros que tínhamos disponível no nosso quarto com ar condicionado; b) no mar; c) no hall de entrada do hotel, onde corria o ar e havia uns magníficos sofás... No mar estava-se muito bem, mas eu nunca me senti demasiado segura devido às redes que limitavam o espaço aconselhável para nadar ? as redes evitavam a visita inesperada de tubarões gulosos.

Dia 3: Tulum e Xel-Ha
No segundo dia tocou-nos madrugar para aproveitar a excursão às ruínas Maias de Tulum e ao parque natural de Xel-Ha, onde pela primeira vez pratiquei snorkel. Fiquei com um escaldão no fundo da anca porque o rabiosque era a única coisa que estava de fora durante o tempo em que estivemos no rio, 2 horas a dar de caras com atuns, raias, nemos, etc. Um atum meio doido obrigou-me a fazer um desvio acompanhado de um grito porque se esqueceu que eu era um ser eventualmente perigoso e decidiu dar-me um encontrão de amizade. O que mais nos atraiu no fim do dia foram as hamacas, as redes mexicanas de descanso total, e por isso comprámos uma para quando inaugurarmos a nossa casita em Portugal.
Sobre Tulum há duas coisas interessantes a saber: foi o berço da mestiçagem (marinheiro sobrevivente de Cuba + maiita = mistura) e foi onde comprovei mais uma vez a minha teoria de que a perfeição desafia e pode ofender os Deuses: os Maias nunca construíam um templo direito, eram sempre tortos, para não desafiar a perfeição da Natureza. Mesmo assim não conseguiam evitar uns tufõezinhos, umas tempestadezinhas tropicais...

Dia 4: Chichén-Itza
Foi o dia da desidratação-por-mais-água-que-bebesse. O simpático guia maia Isauro respondia às nossas perguntas sobre os surpreendentes sanguinários Maias (sacrificavam rapariginhas virgens atirando-as vivas a um grande poço ou cortavam a cabeça ao melhor jogador de um tipo de futebol que praticavam com uma bola de 3 kilogramas) enquanto eu ia desfalecendo depois de subir a uma das pirâmides. Desci a pirâmide de rabo porque os degraus eram super inclinados e só cabia metade do pé (deviam ser mesmo baixinhos). O Miguel, ficou provado, é um grande sobrevivente. Ele e mais 3 pessoas aguentaram até ao fim ouvir as explicações do Isauro sobre os truques sonoros da construção das pirâmides até ao fim. De 35 pessoas que tinha o grupo...
Almoçámos numa terrinha onde todos eram mais baixos que eu e onde os meninos dançavam com tabuleiros de bebidas na cabeça.

Dia 5: Iguanas e Guaxinis
Foi o dia de se portar como uma iguana, estendidos ao sol, bloqueador solar com cheiro a côco, piña colada na mão, revistinha da moda, rodeados de ?from Texas? e de mosquitos reguilas. Vimos iguanas (os jardins do nosso hotel eram um autêntico parque natural), tartarugas, um guaxini, caranguejos, peixes... e descansámos muiiito das duas anteriores excursões. Pela noitinha, como serão, o grupo de animação do hotel oferecía-nos um teatrinho sem muita piada. Provei tequila e pensei que ia pegar fogo.

Dia 6: Alergias e Piñas Coladas
Este dia foi de preguiça. Dormir e fugir ao sol, porque estava calor mas também porque estava a chover (tempestade tropical com palmeiras dobradas e tudo) mas principalemente porque o Miguel ficou com uma alergia estranha na pele devido a não se sabe quê, mas desconfia-se que a um alimento exótico ou ao sol/calor em demasia. Foi o dia de estar no quarto juntinhos a ver a MTV mexicana, folhear a "vanidades" e de tomar banho na piscina à chuva, a beber piña colada...

Dia 7: Playa del Carmen
Alugámos um carrito e fomos nas estradas sempre em frente até Cancun. Foi chegar, almoçar num xiringuito (=tasca) e ir embora. Tantos carros, gajos com ar de criminoso, poluição e confusão que nos assustámos. A zona turística também estava cheia de praias privadas assim que, de Cancún, o que mais me lembro foi de contar os hotéis, 80 na linha do autocarro que fiz.
À tarde demos um passeio pela mais pitoresca Playa del Carmen. Bebemos água de côco e vimos muitas montras...

Dia 8: Last but not least...

(continua já em Espanha no próximo post)