Paseo de Gracia

quarta-feira, outubro 25, 2006

A língua negligenciada

Fico piursa. Aprendi esta palavra na colecção de autocolantes "TOU" que saíam nos Bollycaos e é perfeita para descrever o que sinto quando CHAMAM À LÍNGUA PORTUGUESA BRASILEIRO.

Principalmente em Espanha. Já ouvi atrocidades na televisão como:
"E agora, o cantor Luis XXX vai cantar em brasileiro essa bela canção..."

Ou no supermercado:
"Olha, este iogurte só tem os ingredientes em brasileiro..."

Estou um bocado farta. Mas ok.

Ainda há pessoas que se lembram de proteger o que é nosso. De dar valor.

Poucas mas, para sobreviver, têm de ser boas.

Mais pessoas falam português como língua materna do que francês, alemão, italiano ou japonês. É frustrante para os 230 milhões de luso falantes que o resto do mundo frequentemente considere a sua língua menor e que seus romancistas, poetas e compositores passem despercebidos.

Ver link abaixo indicado para mais informações.

Fonte: New York Times
http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/nytimes/2565501-2566000/2565852/2565852_1.xml

terça-feira, outubro 24, 2006

De abalada

Tanta coisa para deixar, decidir, mudar, dar, vender, transportar. Get ready to another change, girl!

Vou daqui. Mivô dáqui!!!

Como dizem os alfaces, vou abalar.

Depois de 5 aninhos. Depois de aprender a dormir com barulho. Depois de aprender a andar no metro sem pensar, second nature chama-lhe a Nokia.

Agora, em plenas eleições para o parlamento catalão, em plena movida, a cidade cheia de anúncios superinteligentes de políticos superhumanos, vou. No meio de um Outono abafado, com necessidade de frio da rua e calor de casa.

O Miguel está lá, naquela cidade onde eu dizia que nunca iria viver, que preferia viver na China. Mas é Portugal. É um chão mole, é uma cidade um pouco oca, mas é onde vamos estar nos próximos tempos. Pertinho, mais pertinho do Norte. Ao lado quase, comparando com o que eu tive até agora. Estou de abalada meus amigos. Estou, com perdão, cagadinha de medo mas, ao estilo de Casablanca, sempre haverá Londres. Londres e as milhares de ofertas de emprego milionário para o meu maridão.

Estou na casa de uma amiga hoje porque já não tinha mais cantinhos para arrumar. A casa está tão arrumadinha sem o migalheiro do meu husb. Despede-te de mim Barna. Despede-te porque eu de ti não me vou despedir nem olhar para trás. Porque já estás atrás, já estavas, sempre estiveste. A minha frente é a testa da Europa e é um estranho amor o que sinto pelo meu país. O meu país, o meu Porto, o meu Algarve. Acima e abaixo. Estará no meio a virtude? Pelo menos que esteja a felicidade.

Tou voltaaanduuu minhaaa gentiiiii!!! Adoro mudanças, ou não fosse uma brava sob o signo de gémeos.

Já sei que ninguém se entusiasma tanto como os meus pais, mas fica o aviso.

Não liguem à linguagem aplicada hoje porque estou de fumadora passiva de uma erva que não consegui desvendar. Passivamente.

Salvé Tugas!

A Casa Portuguesa

Abriu, finalmente, uma pastelaria/ casa de vinhos/ cafetaria com produtos portugueses em Barcelona. Há um mês mais ou menos, em pleno coração do bairro da Grácia, um dos bairros mais in/ jovem/ culto e variado desta big citty.

Tem pasteleiro português e tem Compal, água Serra da Estrela, café Delta e bola de carne, jornais portugueses... É um cheirinho de Portugal, um cheirinho bom, que faltava. Fazia muita falta.

Visitem cá e aqui também: www.acasaportuguesa.com